A verdade brutal por trás da indústria do leite
Entenda a violência que apoiamos ao consumir leite e derivados
Inicio este texto com uma confissão sincera: como eu gostaria de ter sabido destas informações décadas atrás, quando me tornei vegetariana pelos animais. Na minha ignorância, eu desconhecia que existia algo chamado 'veganismo' e 'direitos dos animais'. Foi o despertar com relação à indústria do leite que me fez compreender o óbvio: o uso de animais é moralmente injustificável. Abster-se de carne enquanto se explora animais por outros motivos é uma posição moralmente inconsistente. Animais não são coisas ao nosso dispor.
É por isso que eu passo a informação adiante, para que você também tenha a chance de alinhar a sua conduta com os seus valores.
Fonte: Animal Equality Brasil
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A separação entre mãe e filhote
🔺Quando uma vaca dá à luz, seu bezerro é levado embora em menos de 36 horas para que seu leite alimente os humanos ao invés do seu filhote;
🔺Após a separação, a mãe passa dias gritando em agonia, procurando por seu bebê;
🔺Se o bezerro for macho, ele será abatido e jogado em uma lixeira ou então vendido para ser transformado em vitela em cerca de três meses;
🔺Comumente, o bezerro recém-nascido é simplesmente deixado morrer por negligência, sem alimento nem outros cuidados, para evitar gastos e mão de obra;
🔺Se o filhote for fêmea, ela terá o mesmo triste destino de sua mãe na produção de leite.
A "qualidade de vida" das vacas
🔺Vacas leiteiras são inseminadas à força todos os anos para manter sua produção de leite e passam a maior parte do ano grávidas (a gravidez dura 38 a 44 semanas);
🔺Hormônios reprodutivos e antibióticos são periodicamente prescritos por um veterinário para garantir que as vacas produzam uma quantidade absurda de leite (até 60 L por dia, ao invés da média de 3 L diários);
🔺Um resultado comum da produção exagerada de leite é o desenvolvimento de uma infecção dolorosa do úbere chamada mastite. Essa doença acomete cerca de 20 a 40% das vacas leiteiras;
🔺Para reduzir a contaminação do úbere pelo contato com o rabo, as vacas têm suas caudas cortadas sem anestesia. O corte é feito com uma tesoura ou com um elástico ou corda amarrados no rabo. O objetivo é diminuir a chance de desenvolvimento de mastite, cuja consequência é o menor rendimento do leite (afinal, o animal é considerado uma commodity e a produção é o que importa);
🔺Vacas leiteiras têm uma expectativa de vida estimada de 3 a 4 anos, em contraste com uma vida média de 20 anos em condições normais.
🔺Um resultado comum da produção exagerada de leite é o desenvolvimento de uma infecção dolorosa do úbere chamada mastite. Essa doença acomete cerca de 20 a 40% das vacas leiteiras;
🔺Para reduzir a contaminação do úbere pelo contato com o rabo, as vacas têm suas caudas cortadas sem anestesia. O corte é feito com uma tesoura ou com um elástico ou corda amarrados no rabo. O objetivo é diminuir a chance de desenvolvimento de mastite, cuja consequência é o menor rendimento do leite (afinal, o animal é considerado uma commodity e a produção é o que importa);
🔺Além disso, até 60% das vacas leiteiras sofrem de laminite, uma infecção dolorosíssima no casco devido ao confinamento e falta de descanso;
🔺A descorna (retirada do chifre) e a marcação dos animais também são feitas sem anestesia, gerando ferimentos graves e dolorosos;
🔺Quando as vacas não são mais capazes de produzir rendimentos altíssimos de leite, elas comumente são abatidas para carne bovina;🔺A descorna (retirada do chifre) e a marcação dos animais também são feitas sem anestesia, gerando ferimentos graves e dolorosos;
🔺Vacas leiteiras têm uma expectativa de vida estimada de 3 a 4 anos, em contraste com uma vida média de 20 anos em condições normais.
Fonte: Animal Equality Brasil
A indústria alega que isso tudo acontece dentro
dos padrões de "bem-estar animal". "Bem-estar animal", a expressão mágica para mascarar a injustiça e opressão envolvidas em usar os corpos e vidas de outros animais a nosso bel prazer.
Crédito: DedMityay (Adobe Stock)
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🔺Um número crescente de fazendas leiteiras ao redor do mundo usam o sistema de pastagem zero para aumentar a produtividade. As vacas são alimentadas dentro de um sistema que não envolve qualquer tempo de pastagem, ou seja, passam a vida inteira confinadas;
🔺Nos Estados Unidos, mais de 90% das vacas são confinadas em ambientes internos e mais de 60% delas são amarradas pelo pescoço dentro de baias apertadas, em extremo desconforto;
🔺O recorde das exportações irlandesas de laticínios em 2020 deu origem a um problema que os agricultores chamam de "tsunami de bezerros". Os agricultores precisaram "se livrar" de 800.000 bezerros machos indesejados este ano. Algumas soluções colocadas em prática: atirar nos bezerros, deixá-los morrer de negligência ou exportá-los em longas viagens de navio ou caminhão;
🔺Ainda na Irlanda (imagine então no Brasil…), alguns agricultores falsificam a data de nascimento dos bezerros para se livrar deles mais cedo, já que a idade mínima permitida para o transporte de bezerros é de 14 dias;🔺Nos Estados Unidos, mais de 90% das vacas são confinadas em ambientes internos e mais de 60% delas são amarradas pelo pescoço dentro de baias apertadas, em extremo desconforto;
🔺O recorde das exportações irlandesas de laticínios em 2020 deu origem a um problema que os agricultores chamam de "tsunami de bezerros". Os agricultores precisaram "se livrar" de 800.000 bezerros machos indesejados este ano. Algumas soluções colocadas em prática: atirar nos bezerros, deixá-los morrer de negligência ou exportá-los em longas viagens de navio ou caminhão;
🔺E por fim, o sofrimento dos animais não ocorre somente nas grandes indústrias. Pequenos produtores seguem práticas similares.
Além de cruel, a indústria do leite é altamente nociva ao meio ambiente, já que laticínios são o segundo maior produtor de gases de efeito estufa na agricultura, atrás apenas da carne.
Crédito: Stephen Finn (Adobe Stock) |
🔴 Mais informações sobre a vida dos animais na indústria de alimentos nos sites da Animal Equality e KinderWorld.
Saúde humana
🔺Como a mastite acomete até 40% das vacas leiteiras, o leite que as pessoas consomem é frequentemente contaminado com traços de sangue e pus;
🔺As vacas leiteiras são vítimas de numerosas intervenções genéticas e químicas durante anos para aumentar a produção do leite – e os consumidores colocam tudo isso para dentro do seu organismo ao comprar leite e derivados;
🔺Segundo cientistas, o leite contém hormônios e fatores de crescimento relacionados à proliferação de células do câncer de mama em humanos;
🔺Estudos indicam que hormônios reprodutivos presentes no leite estão ligados ao desenvolvimento do câncer de próstata em homens.
💰Em 2018,
a produção de leite no Brasil chegou a 34 bilhões de litros. Em 2013, a
produção global de leite atingiu um valor de US$ 328 bilhões. Estima-se que a
produção global de 2025 deva subir em 23%. Ao consumir leite e derivados, damos lucro às grandes corporações em
detrimento de nossa saúde, além de apoiar os horrores da exploração animal.
Sejamos inteligentes. É hora de consumirmos
conscientemente, seja para o bem dos animais, para o planeta ou para a nossa
própria saúde – idealmente, todos os três.
Fontes:
- Animal Equality Brasil. Sofrimento na indústria do leite. [Link]
- Qin et al. Estrogen: one of the risk factors in milk for prostate cancer. Medical Hypotheses, 62, 1, 2004.
- Outwater et al. Dairy products and breast cancer: the IGF-I, estrogen, and bGH hypothesis. Medical Hypotheses, 48, 6, 1997.
- Maliou, D. & Bitam, A. Implication of milk and dairy products consumption through insulin-like growth factor-I in induction of breast cancer risk factors in women. Nutrition Clinique et Métabolisme, 29, 4, 2015.
- Hass et al. Cow milk versus plant-based milk substitutes: A comparison of product image and motivational structure of consumption. Sustainability 11, 5046, 2019
- Taking the zero grazing path to dairy expansion. [Link]
- Dairy is scary. The public are waking up to the darkest part of farming. [Link]
- It would be kinder to shoot them': Ireland's calves set for live export. [Link]
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